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Outubro Rosa: uma campanha para todos e o cuidado deve ser diário

Publicado: Sexta, 21 de Outubro de 2022, 10h04 | Última atualização em Segunda, 18 de Setembro de 2023, 19h09 | Acessos: 1940
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Os servidores do IFSP câmpus São José do Rio Preto apoiam a Campanha Outubro Rosa

 

O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo e foi criado em 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama, o laço cor-de-rosa, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e promovida anualmente.

Aos poucos, outras cidades e instituições aderiram ao movimento com ações diversificadas voltadas à prevenção do câncer de mama e seu diagnóstico precoce. Para sensibilizar a população, cidades eram enfeitadas com laços rosas em locais públicos, realização de corridas, desfile de moda com pessoas que venceram a luta pelo câncer, atividades esportivas entre outros.

Posteriormente, prédios públicos, pontes, teatros, igrejas, monumentos tornaram-se alvo da iluminação rosa, sendo bastante utilizada no Brasil. A primeira iniciativa registrada no país foi a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), situado em São Paulo-SP. Na comemoração dos 70 Anos do Encerramento da Revolução, 2 de Outubro de 2002, o monumento ficou iluminado de rosa, sendo uma iniciativa de um grupo de mulheres simpatizantes com a causa do câncer de mama.

Contudo, foi a partir de 2009 que a campanha ganhou força e outros locais passaram a receber o tom rosa durante o mês de Outubro, como a Estátua do Cristo Redentor, a Fortaleza da Barra, o Jardim Botânico, o Congresso Nacional, o Palácio dos Bandeirantes, o Palácio Piratini, a Catedral de Brasília e vários outros.

 
Campanha que salva

Com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, sua prevenção e diagnóstico precoce, a campanha Outubro Rosa visa contribuir para reduzir a incidência e a mortalidade pela doença.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), se descoberto no início, um em cada três casos de câncer de mama pode ser curado.

Leia o depoimento de Antônio Felício Filho, professor e coordenador de extensão do Câmpus Rio Preto, que salienta a importância da Campanha Outubro Rosa para o diagnóstico precoce.

Em outubro de 2020, mesmo o país em meio à pandemia vi a divulgação da campanha e marquei o exame de mamografia para minha mãe. Ela não tinha realizado o exame nos últimos dois anos. A clínica pediu para refazer o exame e constatou um tumor maligno de 3 cm em uma das mamas. Foi um choque, pois minha mãe não apresentava nenhum sintoma, nem mesmo fazendo o autoexame (exame de toque). Procuramos um oncologista para realizar o tratamento. Ela fez a reconstituição da mama após a cirurgia de retirada do tumor. Por sorte, o câncer estava no início e nem precisou fazer quimioterapia, mas apenas algumas sessões de radioterapia e, hoje, toma um medicamento para controlar a doença, caso o tumor insista em retornar. Está bem, feliz, e já serviu de exemplo para muitas mulheres em se prevenir. Realizar o exame e detectar a doença em seu estágio inicial, pode trazer a cura em pouco tempo! Já nos habituamos com a campanha, mas ela serviu para salvar a minha mãe desta doença!”

 

Alessandra A. Bermuzzi, assistente em administração, relata que a campanha do Outubro Rosa é importante para conscientizar as mulheres a fazerem os exames preventivos e, foi por meio de exames preventivos que, em 2016, descobriu o câncer de mama em estágio inicial, sendo possível realizar todo o tratamento com êxito.

Para Daniele S. Sperandio, bibliotecária-documentalista, a campanha além de informar sobre o câncer, suas causas e tratamentos, também é fundamental para auxiliar no diagnóstico precoce, pois os mutirões permitem que os exames sejam realizados rapidamente. Daniele, que tem casos diagnosticados na família, relata que o medo, a desinformação e a vergonha da mulher em fazer os exames de rotina, podem levar a um diagnóstico tardio, limitando as chances de sobrevida, como foi o caso de sua tia.

 

O câncer de mama

O câncer de mama é o tipo que mais incidente em mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos.

Em 2020 foram estimados 2,3 milhões de casos, o que representa 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas em mulheres, sendo as maiores taxas de incidências registradas em países desenvolvidos.

No Brasil, o câncer de mama também é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres de todas as regiões, e fica atrás apenas do câncer de pele não melanoma. As regiões mais desenvolvidas, Sul e Sudeste, possuem as taxas de incidência e mortalidade mais elevadas, e a Região Norte, a menor.

Para 2021, foram estimados 66.280 novos casos da doença, ou seja, 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.

Segundo a Agência Internacional para Pesquisa em Cancer (IARC), o câncer de mama é a causa mais frequente de morte entre as mulheres, com 684.996 óbitos estimados, 15,5% dos óbitos por câncer em mulheres. (IARC, 2020).

Embora pouco frequente, a incidência entre os homens vem aumentando e a idade média de ocorrência é de 65 a 70 anos. Apesar de raro, corresponde a menos de 1% de todos os cânceres no homem, a proporção de número de casos é de 100 casos femininos para um masculino.

 

Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são:

  • caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor;
  • pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja;
  • alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos;
  • Pode aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).

Conheça quais os principais fatores de risco, como comportamentos ambientais, aspectos da vida e fatores genéticos no site do Instituto Nacional de Câncer, que apresenta uma série de informações relevantes sobre o tema.


Fontes:

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS. Outubro Rosa é lembrado no mundo todo com iluminação especial em monumentos turísticos. 2020. Disponível em: https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/outubro-rosa-e-lembrado-no-mundo-todo-com-iluminacao-especial-em-monumentos-turisticos. Acesso em: 19 out. 2022.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Estimativa 2020: incidência do Câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA, 2019. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf Acesso em: 19 out. 2022.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Atlas da mortalidade. Rio de Janeiro: INCA, 2021. base de dados. Disponível em: https://www.inca.gov.br/app/mortalidade. Acesso em: 19 out. 2022.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Eu cuido da minha saúde todo dia. E você? 2022. Disponível em: https://www.inca.gov.br/campanhas/outubro-rosa/2022/eu-cuido-da-minha-saude-todos-os-dias-e-voce. Acesso em: 19 out. 2022.

INTERNATIONAL AGENCY FOR RESEARCH ON CANCER. Cancer today. Lyon: WHO, 2020. Disponível em: https://gco.iarc.fr/today/home Acesso em: 19 out. 2022.


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